quarta-feira, 6 de junho de 2012

Chuva e Insônia


Choveu a noite inteira e eu não dormi;
A madrugada veio visitar-me;
O sono resolveu abandonar-me;
A lua se escondeu e não a vi;

A insônia apareceu a relembrar-me...
Da noite que sem "crer" te conheci.
Parece que eu mim a amanheci...
E tu me adormeceste ao encontrar-me!

Relembrei dos idílios que eu fazia...
Pedindo a Deus alguém, como eu queria!
Numa noite de sábado Deus me disse:

Queres alguém que encha teu viver...
Da luz do sol faz amanhecer?
E no domingo me deu Helenice!

Santa Cruz do Capibaribe, 06 de junho de 2012. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Hoje não é mais nada

Não me esqueço um minuto quando fui...
Implorar que você não me deixasse...
Pois talvez a saudade me matasse...
E quando ela não mata sempre influi...

Qualquer morte de amor nela se inclui...
Você era meu tudo e se acabasse...
Minha vida talvez não superasse...
A tristeza que arrasa e diminui...

Hoje em dia você desfila em nada...
Sofreu muito por outros e arrasada...
Teve-me em suas mãos, mas já não tem...

Nunca pude ser seu, nem você minha...
Era tudo pra mim, tudo que eu tinha...
E hoje não é mais nada pra ninguém....

Santa Cruz do Capibaribe, 03 de fevereiro de 2012.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Apagando "As Quatro Velas"

O poeta Dedé Monterio de Tabira escreveu o lindo soneto "As Quatro Velas"... Certa noite sonhei com tal soneto e escrevi:

Apagando as “Quatro Velas”
Autor: Clécio Dias.

Eu sonhei com o soneto “Quatro Velas”...
Que o poeta Dedé Monteiro fez...
No soneto só se apagavam três...
No meu sonho apagavam todas elas...

Uma a uma, apaguei o fogo delas...
Esperança, Amor, Paz, Fé – de uma vez...
Mas eu queria era apagar talvez...
Essa essência poética que as fez belas...


Vi que a poesia de Dede brilhava...
Nem que insistisse muito eu lhe apagava...
Sem luz nas velas, ironicamente...

Ao desistir, teimoso, olhei pra trás...
Os versos de Dedé brilharam mais...
E as velas se acenderam novamente...

Santa Cruz do Capibaribe, 30 de janeiro de 2012.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Minha alma em "mi menor"

Eu entrego minha alma a um violão...
Fecho os olhos e os dedos escorrego...
Num acorde de "mi menor" me entrego...
E não vejo num "lá menor" razão...

Quando o "ré" é "maior" que a solidão...
O "sol" tem luz "maior", no entanto nego...
"Maior" mesmo é o "dó" a que me apego...
"Si" não fosse "maior" que um coração...

E eu à vezes me sinto sem minha alma...
Entretanto eu dedilho com mais calma...
E em pouco tempo me sinto melhor...

Pois minha alma que canta e vai embora...
Noutras notas chorando mundo afora...
Sempre volta pra mim em "mi menor"...

Santa Cruz do Capibaribe, 30 de janeiro de 2012.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Sempre chego à mesma conclusão!


Amor, tu é a mulher mais bonita...
Que à vida inteira pude conhecer...
Rosto faceiro... ocasião bendita...
Aquela em que eu pude te conhecer...

Tento mostrar na poesia escrita...
Mas não é fácil assim te descrever...
Tua beleza encanta e é infinita...
Como poeta teu hei de morrer...

Às vezes as palavras não conhecem...
As lindas sensações que me acontecem...
Quando te avisto em cada flor ou verso...

Busco no mundo uma comparação...
Mas sempre chego à mesma conclusão...
És a mulher mais linda do universo!!!

Santa Cruz do Capibaribe, 01 de janeiro de 2012.

Clécio Dias 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O gosto do amor!


Nesses dias tão cheios de tormentos
Ouço a saudade à noite me contando
Quando tão pobres íamos sonhando
Num belo vendaval de sentimentos

Sentindo o amor entrar alguns momentos
De uma esperança que eu criando
Que foi crescendo e foi se transformando
Em lindos versos e encantamentos

No fim daqueles anos demorados
Meus dias eram mais atormentados
Minha boca trazia um amargor

Mas depois sua boca com ternura
Arrancou dos meus lábios a amargura
E agora eu sinto o gosto do amor!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Tardes de Santa Cruz!


Tardes de Santa Cruz, tardes tão quentes...
Venho em busca da nossa vida incrível...
Reviver mais um sonho imprescindível...
Destes anos, há anos diferentes...

Ilusões que parecem mais presentes...
Neste amor que nasceu imprevisível...
Noutro tempo pensei ser impossível...
Tardes de Santa Cruz, tardes ardentes!!!

Será mesmo que é sonho ou ficção?
Você deve ser mesmo uma ilusão...
Seu olhar tem um ar de eternidade...

Você não é real e eu sei por quê...
Não há como alguém ser como você...
Dentro dessa cruel realidade!!!